7.2.10

Para os alienados, a verdade

Para os que acreditam nas mentiras repetidas, que o Brasil só passou a existir com o governo Lula, que acham que Deus é Lula, leiam esse brilhante artigo do ex-presidente FHC.

"O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que, se a oposição ganhar, será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá: “o Brasil sou eu!” Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira? A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote — o governo do PSDB foi “neoliberal” — e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas, os dados, ora os dados... O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas, Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento.

Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceuse do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado. Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceuse de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI — com aval de Lula, diga-se — para que houvesse um colchão de reser vas no início do governo seguinte. Esqueceuse de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.

“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha seis milhões de barris de reservas. Dez anos depois produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia.

Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%.

O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Naverdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderamse para estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa Escola atingiu cerca de cinco milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras seis milhões, já com o nome de Bolsa Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “ não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da Aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o ensino fundamental quase 100% das crianças de 7 a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de três milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças.

Mas, se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer."

22.12.09

ACEITE E MUDE


Final de ano chegando e sempre nos deparamos com as intermináveis listas de resolução de Ano Novo, quase nunca cumpridas. A dieta que é adiada, a mudança de emprego, o rompimento de um relacionamento infeliz, a viagem dos sonhos, a compra de um bem, a expansão de uma empresa, enfim, fazemos promessas e mais promessas que acabam se renovando na próxima virada de ano.
E por que fazemos isso? Na grande maioria da vezes, sabemos que temos que mudar, mas não aceitamos isso. Um dos grandes motivos é não saber que você é quem decide sua vida. Escutamos tantas vezes esse ano: “Yes, We Can!” Por que não dizermos, “Yes, I Can!” ?
Para gerar uma mudança, sair da zona de conforto é preciso sair do papel de vítima. É elevar a auto-estima. É ter o controle da própria vida. É aceitar as coisas como elas são.
E é nesse ponto, o aceitar as coisas como elas são, que as pessoas geralmente ficam estáticas. “Como posso mudar e aceitar as coisas como elas são?”, “Aceitar não significa ficar parado e passivo, esperando as coisas acontecerem?” são as perguntas mais comuns. Aceitar não é passividade, não é falta de interesse, não é falta de ação. Aceitar é justamente o contrário. Aceitar é Mudar. No momento que eu aceito eu passo a ter o poder de mudar.
Isso, aceitar, não quer dizer que eu possa fazer as coisas voltarem a ser como eram. Não voltarão. Não significa estar feliz e contente com os fatos. Não é aprovar o ocorrido. Mas aceitar significa estar aberto às mudanças, modificar referências e formas de perceber, pensar e agir. Quando conseguimos isso, saímos do papel de vítimas das circunstâncias, para podermos realizar com disposição as mudanças que precisam ocorrer.
Quando não aceito integralmente, estou tentando, muitas vezes em desespero, restaurar o padrão ou situação anteriores, que talvez eram cômodos e confortáveis. Aceitar significa abrir-se à mudança.
Uma citação bem interessante sobre isso é a de James Baldwin, que diz “você não consegue consertar o que não consegue encarar”. Esta é "A" grande e fundamental verdade.
Isso vale para vida pessoal e profissional. Por que você está insatisfeito no seu trabalho? Certamente sua empresa não irá mudar. Por que você continua sofrendo a dor de uma pessoa amada? Por que você continua triste, mau humorado, rancoroso? Encare de frente seus problemas.
Aceitar e encarar as dificuldades que estamos passando é o primeiro e decisivo passo para tomar as decisões certas para as mudanças. Negar a realidade é negar o direito de escolher de forma consciente.
Aceitar uma realidade é como ingressar num rito de passagem: deixar o velho e ingressar no novo. A aceitação é um aviso que nos diz que agora é preciso mostrar fibra e coragem. É a hora de agir.
Aceitar a realidade como ela é significa olhar para o futuro, para as transformações que precisam ser concretizadas. Só assim as pessoas, equipes e organizações se desenvolvem; a não aceitação significa ficar indeciso na busca de soluções que no máximo irão resolver momentaneamente os efeitos, mas não solucionar as causas.
Então, aproveite a mudança de ano. Em 2010, Aceite e Mude.

16.12.09

Os três Leões

Numa determinada floresta havia 03 leões.

Um dia o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a bicharada da floresta e disse:

Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida no ar: existem 03 leões fortes.

Ora, a qual deles nós devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?

Os 03 leões souberam da reunião e comentaram entre si:

- É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido, uma floresta não pode ter 03 reis, precisamos saber qual de nós será o escolhido. Mas como descobrir?

Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos.

O impasse estava formado. De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depois de usarem várias técnicas de reuniões, eles tiveram uma idéia excelente. O macaco se encontrou com os 03 felinos e contou o que eles decidiram: - Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o problema. A solução está na Montanha Difícil.

- Montanha Difícil? Como assim?

- É simples, ponderou o macaco. Decidimos que vocês 03 deverão escalar a Montanha Difícil. O que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.

A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O desafio foi aceito. No dia combinado, milhares de animais cercaram a Montanha para assistir a grande escalada.

O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

O segundo tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

O terceiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que os 03 foram derrotados? Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade e grande em sabedoria, pediu a palavra:

- Eu sei quem deve ser o rei!!! Todos os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.

- A senhora sabe, mas como? Todos gritaram para a águia.

- É simples, confessou a sábia águia, eu estava voando entre eles, bem perto e, quando eles voltaram fracassados para o vale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha.

O primeiro leão disse: Montanha, você me venceu!

O segundo leão disse: Montanha, você me venceu!

O terceiro leão também disse: Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo.

A diferença, completou a águia, é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior que seu problema: é rei de si mesmo, está preparado para ser rei dos outros.

Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro leão que foi coroado rei entre os reis.

MORAL DA HISTÓRIA: Não importa o tamanho dos problemas ou dificuldades que você tenha; seus problemas, pelo menos na maioria das vezes, já atingiram o clímax, já estão no nível máximo, mas você não. Você ainda não chegou ao limite de seu potencial e performance. A Montanha das Dificuldades tem tamanho fixo, limitado.

10.12.09

Honduras

Para os que ainda acreditam (ou preferem acreditar) que existiu um golpe em Honduras, recomendo a leitura desse artigo.

Dez erros sobre a crise de Honduras

Estive em Honduras no final de setembro, chefiando uma missão parlamentar da Câmara dos Deputados, e estive com toda a cúpula política do país.

Em novembro voltei à capital hondurenha como observador internacional das eleições.

Acho que aprendi algo sobre o que se passa lá e me chama a atenção a repetição, como um mantra, de erros grosseiros, factuais ou de interpretação sobre a crise em que foi mergulhado o país.

Resolvi, então, selecionar os dez mais comuns e dar-lhes a minha visão, no propósito de desfazer equívocos e informar corretamente.

1) Em Honduras ocorreu um golpe - Se por um golpe tomamos algo que se dá contra a Constituição de um país, certamente não.

A deposição do presidente Zelaya se deu de acordo com a Carta hondurenha. Todas as instâncias legais foram observadas e todas as instituições se manifestaram como manda a Constituição e em todas elas o sr. Zelaya foi condenado jurídica e politicamente.

2) Micheletti é um presidente de facto e golpista - O sr. Micheletti é o presidente constitucional de Honduras, e não de facto ou interino.

Ele chegou à presidência por comando claro da Constituição, dado que era o sucessor legal, pois o vice se afastara para concorrer às eleições. Ele deverá passar o cargo ao seu sucessor no prazo previsto. Golpista algum se torna presidente e deixa de sê-lo de acordo com o que manda a Constituição.

3) O presidente Zelaya não teve direito a defesa - Sigamos a cronologia dos fatos. Em fevereiro o sr. Zelaya torna pública a sua intenção de realizar um plebiscito.

Em abril, a Procuradoria da República manda-lhe uma primeira carta alertando-o sobre a flagrante inconstitucionalidade de tal ato. Ainda em abril, uma segunda carta pública lhe é enviada pela Procuradoria com o mesmo resultado.

Então, a Procuradoria oficia, em maio, para que se pronuncie o advogado-geral do Estado e este o faz reforçando a tese da inconstitucionalidade. Nesse momento, a Procuradoria requer à Justiça que instaure processo, do qual resulta a condenação final do presidente, percorridas todas as instâncias.

Entra em cena o Congresso Nacional, que julga a conduta do presidente e, por 123 votos a 5, incluso a maioria do seu partido, decide afastá-lo. Onde, portanto, a ausência ou restrição ao amplo direito de defesa?

4) Zelaya é um homem de esquerda e popular - Nada na biografia e na trajetória do presidente deposto autoriza essa constatação.

Eleito pelo Partido Liberal, de direita, privatista e antiestatista, o sr. Zelaya se elegeu com um programa pró-mercado e de reformas. No poder, cai nas graças de Hugo Chávez, ingressa na Alba e, por essa "conversão", torna-se um ídolo para uma certa esquerda.

5) Zelaya não voltou ao poder por conta da ditadura golpista - Nada mais falso. Em primeiro lugar, todas as instituições hondurenhas estão abertas e funcionando normalmente.

Em segundo, contando com o esmagador apoio de toda a comunidade internacional, da OEA e da ONU, e dizendo-se popular e com o apoio dos hondurenhos, por que "Mel" não retorna ao poder?

Por dois motivos: a totalidade das instituições de Honduras está definitivamente contra ele e a maioria do seu povo também.

6) As eleições não são válidas - As atuais eleições foram convocadas e datadas antes da atual crise.

Todos os partidos puderam apresentar candidatos e debater seus programas nas praças, nas rádios e nas TVs; 4,5 milhões de hondurenhos estão aptos e puderam votar livremente; o Tribunal Superior Eleitoral, órgão independente, supervisionou e fiscalizou o pleito.

Apenas 0,5% dos mais de 15 mil candidatos inscritos atenderam ao apelo do sr. Zelaya para boicotar as eleições e o principal partido de esquerda e da "resistência", a UD, disputou o pleito.

7) O resultado das eleições não será reconhecido no exterior - A princípio será por uns e por outros, a maioria, não.

Porém, com o passar do tempo, tendo sido as eleições limpas, o primeiro grupo irá paulatinamente crescer e o segundo, minguar.

8) O golpe em Honduras ameaça a democracia na América do Sul - O que ameaça a cláusula democrática no subcontinente é o meio compromisso com a democracia.

Se o sr. Zelaya foi apeado do poder segundo as regras constitucionais do seu país, chamar isso de golpe de Estado é ir contra os fatos. E isso vale, em especial, para o governo Lula.

Foi a Constituição que colocou a o sr. Roberto Micheletti na presidência, e não um golpe. E é o sr. Manoel Zelaya o golpista de fato, ao atentar contra a Carta Constitucional e as instituições hondurenhas.

Portanto, é ele que ameaça a democracia na América do Sul, e não o contrário.

9) Lula errou ao receber Zelaya na embaixada brasileira - Não, ele agiu certo. É tradição humanitária do Brasil receber em nossas embaixadas quem nos procura em situação de risco.

O erro foi dar status de "abrigado" ao sr. Zelaya, quando o correto, jurídica e diplomaticamente, seria conceder-lhe asilo. Ao lhe dar abrigo, e não asilo, o ex-presidente pode legalmente usar a embaixada brasileira como palanque político, interferindo na política hondurenha.

Imaginem Collor deposto e convocando uma insurreição de uma embaixada em Brasília...

10) A posição do Brasil foi correta diante da crise - Antes de mais nada, a América Central e Honduras, em particular, jamais foram importantes ou área de influência do Brasil, donde resulta em erro o calibre e o engajamento da resposta.

Ao ver golpe onde havia um grave desrespeito aos direitos humanos e, em seguida, ao defender o retorno do sr. Zelaya ao poder, erramos feio.

As eleições em Honduras foram limpas e o comparecimento às urnas foi razoável. Caso o Brasil teime em não reconhecê-las, erraremos de novo, e em definitivo.

(Artigo transcrito de O Estado de S. Paulo de 10/12/2009)

Raul Jungmann é deputado federal (PPS-PE)

21.5.09

Um gênio


Lula comete gafe ao explicar uso do termo 'turco' no Brasil

Sem reação da plateia, em Istambul, presidente diz que 'qualquer vendedor' na casa das pessoas é 'turco'

De Jamil Chade em O Estado de S.Paulo:


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa empresários surpresos ao dizer que, no Brasil, todo vendedor de roupa ou de qualquer outro produto que passe casa por casa é conhecido como "turco".

Lula é o primeiro presidente brasileiro a visitar a Turquia. O único chefe de estado que havia passado pelo país foi Dom Pedro II, em 1875. O objetivo de Lula é o de ampliar o comércio entre os dois países e, para incentivar a plateia turca, tentou explicar o uso do termo no País.

"No Brasil, tem uma coisa interessante que vocês precisam conhecer", disse Lula em um seminário com empresários locais. "Apareceu alguém vendendo algo na porta de um brasileiro, ele sabe que é um turco que está vendendo", afirmou, sem qualquer reação da plateia.

O presidente tentou explicar. "Qualquer vendedor que for vender um produto na casa das pessoas, prontamente ele é chamado de turco. Eu não sei se é o turco nascido em Istambul ou no tempo do Império Otomano, nascido na Arábia Saudita ou no Líbano", disse.

"É preciso fazer jus a essa especialidade de comercializar do povo turco para que possamos estreitar as relações comerciais entre o Brasil e a Turquia", disse. A platéia não riu.

Os turcos não são árabes e nem falam a mesma língua. A presença de turcos na imigração no Brasil é quase insignificante e as populações vindas do Líbano e Síria apenas ganharam esse nome diante do fato de chegarem com passaportes do Império Otomano.

Lula ainda fez alguns empresários levantarem a sombrancelha ao anunciar que o Brasil tinha "17 milhões de quilômetros de fronteira terrestre".

15.5.09

Para pensar...

Em 1949, a maioria dos intelectuais acreditava que o comunismo salvaria a China.

Em 1969, esses mesmos intelectuais acreditavam que a China (com sua Revolução Cultural) salvaria o comunismo (o que, após Stalin e a Primavera de Praga, finalmente começou a ser desacreditado).

Em 1979, o primeiro-ministro Deng Xiao Ping percebeu que somente o capitalismo salvaria a China.

Em 2009, o mundo inteiro acredita que somente a China pode salvar o capitalismo!

9.5.09

O cara no mundo


Mais uma para a série "corre o território livre da internet":

Depois que o Obama falou que Lula é "O cara", o presidente realmente virou mania:

Nos Estados Unidos as pessoas estão deixando a barba crescer.

No Japão estão aprendendo a falar português.

Na Alemanha os políticos estão falando com a língua presa.

Na França as pessoas estão usando a estrela do PT.

Em Portugal estão todos cortando o dedo.

8.5.09

A origem da Fila

10.4.09

Vésper e sua Tartaruga


photo.jpg, upload feito originalmente por miguelalex.

Miguel Alex

Enviado de meu iPhone

14.11.07

Campeã


Campeã, originally uploaded by miguelalex.

Linda